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Sobre os Hominídeos

14/03/2011 22:52

 

       OS HOMINÍDEOS

 

Miquéias Nascente da Conceição

07/04/2009.

 

 

RESUMO

 

Este trabalho consiste num conjunto de informações que permitem ao leitor uma elucidação no que diz respeito ao início dos hominídeos, suas preocupações, seu desenvolvimento e adaptações ao meio, assim como sua evolução até os dias atuais, caracterizando os principais fósseis encontrados, não desconsiderando, no entanto, a existência de outros, porém, revelando características que acompanharam, e de certa forma influenciaram e modificaram no cotidiano, a alimentação, o ambiente e as comunidades destes primeiros da espécie humana.

 

Palavras-chave: Hominídeos, adaptação, espécies. 

 

 

INTRODUÇÃO

 

            Este artigo tem o objetivo de relatar um desenvolvimento de pesquisa a respeito dos hominídeos. Procura apresentar o início da civilização humana, explorando os principais aspectos vistos pelo autor do artigo, buscando um entendimento sobre o início de uma trajetória que traz o início da existência humana. Por isso, desenvolve-se de forma explicativa, trazendo informações diversas que visam uma compreensão da elucidação do autor quanto ao tema proposto.

 

 

1  COMEÇO DOS HOMINÍDEOS

 

            Foi no período Paleolítico que começaram a surgir os hominídeos. Este período compreende o período que se estende há 5 milhões de anos, sendo que por volta de 4,5 milhões de anos os primeiros hominídeos (Australopithecus) começaram a sua trajetória que tem seu início, segundo os especialistas, no continente Africano, de onde inclusive estes jamais saíram. Ainda sobre este período, ele se estende até o ano 10.000 a.C aproximadamente, segundo a concordância da maioria dos escritores.

 

            A partir deste período, os hominídeos vão começar uma longa trajetória, onde o mais adaptado ao meio vai permanecer durante um longo período de existência, numa seqüência, até chegar ao homo sapiens, o mais adaptado às contínuas transformações que o meio esta constantemente sendo atingido. 

 

 

ESCALA EVOLUTIVA DO S HOMINÍDEOS

 

           

 

1.1 CAÇA

 

A partir das primeiras espécies que começam a se adaptar ao meio em que vivem, fazem aos poucos da caça, e da coleta de alimentos a sua principal forma de alimentação e sobrevivência. Esta passa a ser um componente importante que vai servir de auxílio para a organização que se dá em seqüência, permitindo a formação das primeiras sociedades existentes. Estes primeiros hominídeos são mais fracos em sua estrutura física do que os predadores que estão à sua volta, por isso eles começam a adaptar materiais que servirão para o exercício natural de caça, sendo estes os primeiros instrumentos fabricados por seres até então, necessário para a continuidade da espécie (embora esta provavelmente não fosse o principal motivo para tal, e sim a questão da sobrevivência).

 

 

2 AUSTRALOPITHECUS

 

            Segundo Darwin, o homem apresentava um ancestral muito comum, muito próximo aos macacos. Desse ancestral, evoluiu o gênero denominado Australopithecus.

 

Os Australopithecus têm seu registro fóssil mais antigo datado de aproximadamente 4 milhões de anos. Surgiram no continente Africano, no Quênia segundo registros históricos de onde foram datados os fósseis, de onde nunca saíram, tendo desaparecido há aproximadamente 1 milhão de anos. Basicamente o que caracterizou o gênero foi o bipedismo (capacidade de andar sobre duas pernas), a posição ereta, a baixa capacidade craniana, baixa estatura, entre outras.

 

Mussolini (1969) cita o trabalho de Weidenreich, que considera que “o bipedismo se desenvolveu antes de qualquer modificação importante ao nível do cérebro e do crânio. Isto trouxe grandes vantagens ao gênero, como a liberação dos membros superiores para criação e uso de instrumentos”.

 

 

2.1 TIPOS DE AUSTRALOPITHECUS

Atualmente são conhecidos sete diferentes espécies de Australopithecus, os quais são possíveis citar: A. Ramindus, A.Anamensis, A.Afarensis, A. Africanus, A.Aethiophicus, A.Robustus, A. Boisei.

 

Muitos fósseis encontrados não possuem um estudo mais detalhado, por isso não foram apresentados. Sabe-se, porém, que a alimentação destes Australopithecus, variava em vegetal e onívora.

 

 

3 HOMO HABILIS

 

            Entre 6 e 4 milhões de anos atrás, teria ocorrido a separação de linhagem que deu origem aos macacos antropóides ( gorilas e chipanzés) e a outra que deu origem ao primeiro homem moderno, o homo habilis. Este possuía uma característica única: a capacidade de produzir e utilizar artefatos ósseos e líticos (de pedra).

 

            Acredita-se que entre 3 e 1 milhão de anos atrás, pelo menos dois grupos de hominídeos disputavam as mesmas pastagens. De um lado, os Australopithecus mais robustos, com mandíbulas e dentes muito desenvolvidos. Do outro, o pequeno homo habilis, com suas ferramentas escavadoras e um cérebro mais desenvolvido. A luta pelo espaço físico e pela alimentação levou à sobrevivência apenas uma das linhagens, a mais inteligente.

 

O homo habilis tinha aproximadamente 1 metro de altura, era exclusivamente bípede. Sua alimentação era basicamente produtos de origem vegetal, suplementada com produtos de origem animal. Entre as fontes de proteína animal destaca-se o tutano de ossos, provavelmente sendo coletado de animais mortos.

 

Este hominídeo viveu no principio do Pleistocênico. Os primeiros fósseis foram descobertos na Suazilândia, em 1964. A sua morfologia geral é parecida aos Australopithecus, com seus braços alongados, a cabeça com o cérebro mais desenvolvido, no entanto inferior ao último da espécie, o Homo Sapiens. O seu nome tem relação direta com o que ele de fato fez como produzir e utilizar ferramentas de pedra lascada, por isso habilis, que quer dizer habilidoso.

 

 

4 HOMO ERECTUS

 

            O Homo Habilis começa a desaparecer por volta de 1,5 milhões de anos atrás, dando lugar àquele que será o seu sucessor, o Homo Erectus. Entre 1,8 milhões e 1,6 milhões de anos começa a aparecer no registro fóssil este novo elemento, que há 1 milhão de anos atrás ele já está amplamente distribuído pela África, Ásia e Europa, passando por ambientes muito adversos, como o frio da Europa, as regiões áridas do continente Africano e a distante China. No entanto, foram capazes de adaptar esses diferentes ambientes ao seu modo de vida.

 

            Foram estes que começaram a desenvolver as primeiras atividades com o fogo, fato de grande valia para o desenvolvimento da sociedade, que vai contribuir diretamente na solidificação da espécie homo deste cenário por diante. Para ele o fogo trouxe a possibilidade de controlar o ambiente, cozinhar os alimentos, tornando-os mais macios e saborosos, afugentar predadores, encurralar a caça, produzir armas, entre outros.

 

Com isso, suas atividades não precisavam ser limitadas à luz do sol, e nem determinadas por clima. Conseqüentemente ele se torna, efetivamente, o primeiro caçador de fato. Começa, para isso, a estudar os tempos e a diferenciá-los, também os costumes dos animais e seus habitats, entre muitos outros fatores que de certa forma o colocam em superioridade no seu tempo para sobrevivência e domínio. Para Childe (1966, p.63) “ao alimentar ou ao apagar o fogo, ao transportá-lo e usá-lo, o homem afastou-se revolucionariamente do comportamento dos outros animais. Afirmou sua humanidade e se fez homem”.

 

Dentro dessa espécie, como a comunidade era um ponto referencial muito destacado para a sobrevivência e para a transmissão de valores e informações, como é possível exemplificar nos momentos de caça onde havia um trabalho coordenado, e em conjunto, para o sucesso e mantimento, foi provavelmente criado a linguagem falada, o que permitiu que as experiências de todo o grupo pudessem ser partilhadas e transmitidas aos seus descendentes.

 

 

5 HOMO SAPIENS

 

            Há aproximadamente 500 mil anos atrás, começa-se a ter registros precisos de fósseis de homens modernos, próximo ao homem atual: o homo sapiens. Foram encontradas duas espécies desse gênero: os homo sapiens neanderthals e homo sapiens sapiens - há de se considerar que existem divergências quanto ao fato dessas duas espécies serem ambos os sapiens, contudo é da preferência do autor considerar assim, visto os estudos e análises sobre o assunto pesquisados.

 

 

5.1 HOMO NEANDERTHALIS

 

            O Homo Neanderthalis vivia principalmente na Europa, em grupos bem organizados. As primeiras informações que temos sobre ele foram encontradas numa pedreira, próximo ao rio Neander, afluente do rio Reno, na Alemanha. É por isso que o seu nome é este. Coletavam plantas, caçavam e viviam em grupos.

 

Alguns achados sugerem que ele tinha provavelmente alguma postura mística com relação à natureza (foram encontrados junto à sepultura alguns crânios de ursos cuidadosamente colocados ao lado dos corpos) enterrando os seus mortos, cobrindo-os com pedras e terra e colocando-os próximo ao fogo para que pudesse aquecê-los; a sepultura era, ainda, abastecida com ferramentas e carne. Há um desenvolvimento do seu cérebro, e combinações em sua estrutura que permitem uma aproximação visual acentuada com o homem atual. Muitas questões ficam sem respostas, porém, quanto à sua extinção.

 

 

5.2 HOMO SAPIENS SAPIENS

 

            Os fósseis encontrados dele estão datados a partir de 200 mil anos atrás, distribuídos pela África, Europa e Ásia. Duas hipóteses são defendidas quanto ao seu surgimento: a primeira postula que a espécie teria surgido na África e teria se dispersado pelos outros continentes, substituindo ou se misturando com às populações arcaicas que viviam ali; a segunda hipótese é que ele teria se originado nos diferentes continentes sendo fruto da evolução de grupos dos Homo Erectus que colonizaram estes locais.

 

            Ele tem uma aparência muito semelhante com a dos homens atuais, agora com a existência nítida de um queixo testa alta, nuca abaulada, e base do crânio com formato anatômico par uma melhor movimentação da cabeça, favorecendo uma melhora na comunicação verbal.

 

Esta espécie era a melhor equipada para enfrentar o ambiente de qualquer dos grupos anteriores. Ele aprendeu a manufaturar várias ferramentas adaptadas a usos particulares, idealizando ferramentas para a confecção de ferramentas, utilizando osso, marfim e pedra. Eles não somente realizaram trabalhos em sociedade como também começaram a fazer com suas aquisições trocas e vendas, o que começou a constituir-se em comércio, um grande avanço na sociedade, apesar do comércio não ser a base da economia desta época, pois o homo sapiens sapiens era coletor de alimentos.

 

A partir do momento em que a espécie começou a controlar o ambiente, não houve mais a necessidade de permanecer sendo nômades. Também a organização territorial passou a ser uma constante no aspecto situacional, uma vez que a sociedade necessitava disso para o seu estabelecimento. Os planejamentos, as regras, realizadas passaram a se tornar uma necessidade, o que teve como conseqüência uma adaptação necessária e bem sucedida da espécie.

 

 

6 CONCLUSÃO

 

            Somos descendentes diretos, segundo o que diz a ciência evolutiva, dos homo sapiens sapiens.  É interessante que este último hominídeo teve como maiores conquistas a capacidade de expressão, o que podemos ver na arte e na escrita, fatores também essenciais no processo de desenvolvimento e continuidade da espécie e de formação da sociedade.

Pode-se dizer, portanto, que o progresso na cultura substituiu as suas novas evoluções orgânicas do homem. Com o estudo da evolução humana pode-se observar que várias características sofreram mudanças ao longo dos tempos, diretamente relacionadas às alterações do ambiente, da cultura e da alimentação