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Algumas Reflexões sobre a Reforma Protestante

14/03/2011 22:57

 

REFORMA PROTESTANTE

 

Miquéias Nascente da Conceição

19/05/2009.

 

 

RESUMO

 

Este artigo apresenta a reforma protestante, relatando-a como um movimento que tem características predominantemente religiosas, porém diretamente relacionada com o político e econômico numa sociedade que está mergulhada em incertezas econômicas e políticas em sua elite.

 

Palavras-chave: Igreja ,reforma, economia.

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

            Este artigo tem por objetivo apresentar a Reforma Protestante como um movimento social, político, econômico, assim como religioso. Dentro desta perspectiva procuraremos sintetizar o impacto da reforma religiosa na autoridade política da Igreja, assim como a sua importância para a constituição da modernidade. 

 

           

2 CARACTERÍSTICAS DA IGREJA

 

            A Igreja tem suas características principais enraizadas na Idade Média. O poder econômico, as ideologias dominantes, são partes fundamentais de um domínio amplo na estrutura feudal que permeou o predomínio sacramental a que o homem europeu estava condicionado.

 

No entanto, a estrutura medieval, dentro de um contexto amplo de mudanças que surgem, impõe a necessidade de mudanças nesta estrutura secular, como um movimento contrário às ações e práticas da Igreja Católica Romana, no que diz respeito à política, economia e sociedade.” Ele explica que isto se deve a realidade experimentada até então pela Igreja: “É ela que dita todas as regras de produção e sociais,” e continua dizendo que “o direito canônico representado pela cúpula Papal se sobrepõe aos estados e seus governantes. Sua “capacidade de concentração de bens e propriedades inibe o crescimento dos estados e das demais castas sociais.” Marutti explica que o órgão que lhe confere tamanho poder “órgão de controle e opressão, usado pela Igreja Católica são os tribunais da Santa Inquisição, que aterroriza, persegue, assassina e excomunga aqueles que discordam da hegemonia clerical.” (2009)

 

 

3 A REFORMA PROSTESTANTE

 

            Como vimos, a Igreja Católica é a grande senhora das terras européias e o grande capacitador de riquezas. Dentro deste contexto, a reforma protestante surge como um movimento revolucionário, dentro de um amplo contexto de interesses religiosos, políticos e econômicos. De acordo com Mattos (2009), a reforma religiosa “desencadeou uma mudança drástica na Europa do século XVI, destronando a Igreja Católica”. Os motivos e idéias apontados pelos reformadores trazem ao mundo de então a realidade de um clero enriquecido, realidade que era de interesse da nobreza e burguesia também atingir, e isso fez com que a partir do “enriquecimento da Igreja, fez com que a nobreza e a burguesia se unisse para tirar o poder do papa”, completa (2009).

 

            Segundo Marutti (2009), os movimentos de reforma religiosa “apresentam êxito em diferentes pontos da Europa simplesmente porque receberam total apoio da burguesia local e dos governantes.” “O desejo da burguesia” continua “é o mesmo em todos os núcleos reformadores, ou seja, aumentar a lucratividade sem correr riscos de vida. Não diferente destes interesses os governantes também enxergam horizontes a partir do movimento reformador, nas palavras de Marutti (2009):

 

“Quanto aos governantes, os motivos da simpatia pelos reformadores religiosos divergiam, no caso dos ingleses, o desejo de um novo casamento de seu monarca, para os franceses a recuperação das terras tomadas ou doadas aos representantes da Igreja, para os governantes dos Países Baixos e o desejo de fomentar o processo de industrialização e comercialização de tecidos.”

 

            Marutti concorda com o fato de que “com os reflexos do humanismo e a posteriori o movimento denominado Renascimento, difundido em toda a Europa a partir do norte da Itália, a aversão ao domínio da Igreja é potencializado.” Ele continua enfatizando que “a total soberania da Igreja sofre a medida que suas riquezas aumentam, a perda de prestígio perante os governantes e a constante interferência do clero nos assuntos locais faz da Igreja um estrangeiro, gerando amplo descontentamento.” (2009)

 

 

4 CONCLUSÃO

 

            Associar a Reforma Protestante com a questão religiosa é mais que habitual, pelo fato de ser uma revolução que ocorreu dentro da Igreja Católica e da doutrina cristã, mas não devemos encarar este fato histórico de forma simplificada. A dificuldade da nobreza e da burguesia de viver sob a tutela do papa era muito grande.

 

Ver os líderes religiosos cobrar altos impostos de seus produtos fazia da burguesia, que nada podia fazer por medo da inquisição, ir contra a Igreja, sendo que para os nobres, esses impostos deveriam ser cobrados por eles, que perdiam cada vez mais terras para a Igreja. Vimos, portanto, uma luta pelo poder, onde, segundo os motivos vistos, a economia foi o elemento  chave.

 

 

5 REFERÊNCIAS

 

MATTOS, Rodrigo Antonio. DIMENSÕES ECONOMICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS DA REFORMA RELIGIOSA. Disponível em: http//PT.oboulo.com/dimensões-economicas-politicas-e-sociais-da-reforma-religiosa-58745.html. Acesso em: 16/05/2009.

 

MARUTTI, Mauri Daniel. NOVAS IGREJAS CRISTÃS NA IDADE MODERNA. Disponível em: HTTP//WWW.webartigos.com/articles/6999/1/ dimensões-economicas-politicas-e-sociais-da-reforma-religiosa/pagina1.html. Acesso em: 16/05/2009.